Estava eu em São Paulo participando de um treinamento e sem muitas pretensões para um domingo sem trabalho. Acordei cedo, estava em um hotel na Vila Mariana e fui até o parque Ibirapuera caminhando, minha idéia era passar a manhã de domingo por lá. Ledo engano, passei o dia. Era ano de Bienal, e a parada foi obrigatória, as obras, as montagens, as instalações, as mídias tudo muito impactante, foi um torpedo cultural. A cidade respira cultura é repleta de programas culturais para todos os gostos e bolsos e é praticamente impossível não se inserir nesse contexto.
Fiquei horas na bienal e de lá segui para o parque, passear, observar as pessoas (de todos os cantos do país), os artistas de rua, repentistas, malabaristas, imitadores, cantores...pra quem conhece Porto Alegre é mais ou menos o que acontece no Brick da Redenção aumentado umas dez vezes.
Continuando o passeio pelo Parque fui dar de cara em uma área aberta enorme repleta de gente (nunca vi tanta gente...Bienal lotada, parque lotado...), todos com suas cadeirinhas de praia ou toalhas, alguns curtindo um piquenique, outros apenas observando...o clima era harmonioso, calmo, sereno, de silêncio e cumplicidade com o que estava acontecendo na concha acústica (aumenta a da UFSC umas vinte vezes), era a Orquestra Sinfônica de São Paulo executando divinamente obras de Grieg, Guerra-Peixe, Tchaikovsky, além de obras do cancioneiro popular...
Magnífico, esplendoroso, maravilhoso. Impossível não ficar extasiado com tudo aquilo. O clima, as pessoas, o lugar, a música tudo se encaixava e não tive como sair dali, simplesmente sentei e apreciei o espetáculo, quando não deitado, viajando com todo aquele clima. E foi tudo muito marcante, até porque eu já curtia música clássica (um dos meus compositores prediletos é Gershwin) e aquele momento foi a primeira vez que eu assistia ao vivo uma apresentação que ficou marcada.
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