quinta-feira, 16 de julho de 2009

Michael Jackson e o Vestibular


O que o Michael Jackson tem a ver com o vestibular? A resposta é: nada. Mas podemos fazer um breve apanhado da vida dele e fazer uma bela analogia sobre nossas escolhas, principalmente sobre as escolhas que recaem sobre os vestibulandos.

Naquele famoso discurso intitulado "Filtro Solar" já se comentava que as escolhas feitas pelas pessoas não obedeciam critérios, principalmente de idade, e nem por isso essas pessoas não eram interessantes, essa teoria é válida, afinal de contas quem não conhece alguém que seja feliz sem diploma? Eu conheço várias pessoas.

A verdade é que Michael Jackson era um excelente cantor, dançarino, ator, diretor, compositor, produtor, etc. Mas ele era feliz? Bem-sucedido profissionalmente ele era, com toda certeza. Mas ele era feliz?

Desde os 6, 7 anos de idade, guiado e orientado pelo pai, MJ entrou para o mainstream via Jackson 5, e de lá nunca mais saiu. Acontece que essa orientação sempre veio acompanhada de maus tratos, segregações, abusos, abdicação da infância, entre outros podres que levariam qualquer um a loucura. MJ suportou tuso isso e quando acordou tentou voltar a ser criança. Neverland, cirurgias plásticas, lojas de brinquedos, remédios, tudo levava a crer que uma paranóia tomava a vida do astro.

E de fato tomou, pois as suas escolhas foram preteridas pelo seu pai. Por mais bem-sucedido profissionalmente que fosse, ele era infeliz, ele não teve a oportunidade de escolha. Foi abdicado dele o direito de viver livremente e seguir o que realmente ele desejasse seguir. Ele foi um produto do seu pai. Seus irmãos foram produtos do mesmo pai.

A realidade hoje é a mesma para várias famílias de vestibulandos. Filhos sem poder de escolha. Pais escolhendo as profissões dos filhos. Por mais absurdo que possa parecer essa é a realidade que passam vários vestibulandos, vários MJ´s sendo gerados por aí por pais insenssíveis que não conseguem dar crédito as escolhas dos filhos, influenciando-os negativamente, motivados por uma pseudo-tradição, ou em nome da nobreza e status.

Seja feliz! Busque seus sonhos! Conheça a si mesmo e parta para o ataque, visite universidades, conheça profissionais, pesquise, compare, analise e tome sua decisão, mesmo que ela não ocorra agora, mesmo que você descubra o que realmente quer só daqui a 40 anos .

Agora não é a hora de dar um passo pra trás e colocar em risco sua escolha em favor do desejo de outras pessoas. Se você for feliz naquilo que você for fazer, e tiver certeza disso, também tenha certeza de que você será um profissional bem-sucedido!

Se você for dar um passo para trás, que seja o moonwalk!



2 comentários:

Peterson Silva disse...

Concordo com muito do que você escreveu, Ronnie, principalmente, é claro, na parte de buscar os sonhos e tudo mais.

Mas tem um detalhe em particular que achei interessante sobre a vida do MJ ali: a questão da infelicidade dele e tal. Sabe, acho que a felicidade é qualquer coisa MENOS uma massa homogênea e distinguível de qualquer "reino das sombras" ou algum santo graal ou objetivo final alcançado que defina uma vida e por aí vai...

Por exemplo, outro dia estava vendo um curta metragem que ele fez com a participação do Spielberg e do Stephen King (passou na MTV) e, sabe, ele parecia... Alegre. Feliz. Com o trabalho dele, com as coisas que ele fazia, com o poder libertar sua criatividade e tudo o mais. Talvez ele não fosse feliz o tempo todo e talvez, ao olhar pra sua vida "como um todo" ele se sentisse meio entristecido, talvez envergonhado, frustrado, sei lá - mas também, o resumo tira a graça de *tudo*. Talvez ele fosse sim feliz em alguns momentos - ele podia estar fingindo? É, talvez, mas não gosto de acreditar nisso em se tratando de um artista do calibre dele (se ainda fosse, sei lá, Britney Spears ou Paris Hilton). Acho que se ele pode ter tido momentos felizes numa vida infeliz pode também ter tido momentos infelizes numa vida feliz. Ou algo assim.

Mas, enfim... Siga seus sonhos, realmente AEHeaHeahaeHeah

Tio Ronnie disse...

Sim, com certeza alguma realização pessoal ele conseguiu e com isso, alguns espasmos de felicidade, até porque como você mesmo disse, essa intangibilidade da felicidade é que faz com que tenhamos momentos felizes...momentos...

Voltando ao Jacko, você pode observar que seus momentos felizes eram ligados a sua profissão, as suas realizações, o cara não é o maior vendedor de discos do planeta a toa...

Mas a infância do cara foi "limada" em favor dos sonhos do seu pai e não seu próprio sonho...e isso trouxe as consequências que todos conhecem.

A analogia é sobre este ponto. Não adianta teu pai forçar tua barra pra seres um engenheiro, se no fundo queres medicina...competência tu tens, pq és dedicado, inteligente, estudioso e antenado para seres engenheiro ou médico...mas no fundo o que vai pesar? As suas escolhas?

Valeu meu querido pelo comentário! Lembre-se o importante é não desistir do seu sonho. Se acabar em uma padaria...procura em outra!